Cinema Geométrico: a poesia das linhas encontra o ritmo dos números III
Sep08

Cinema Geométrico: a poesia das linhas encontra o ritmo dos números III

Hans Richter, Viking Eggeling, Oskar Fischinger, John e James Witney, Mary Ellen Bute, Marc Adrian…. Com o uso da abstração o cinema se liberou do pressuposto narrativo. O modelo da pintura abstrata foi essencial para criar outras realidades que emprestam da música e da matemática modelos para compor formas no tempo. Tempo das Imagens 2014 Ciclo de palestras quinzenais de 2 a 3 horas cada, nas quais o cineasta e ensaísta yann beauvais desenvolve temas sobre a imagem em movimento. Programação completa: https://bcubico.com/tempo-das-imagens-2014/ registro: Edson...

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Cinema Geométrico: a poesia das linhas encontra o ritmo dos números II
Sep08

Cinema Geométrico: a poesia das linhas encontra o ritmo dos números II

Hans Richter, Viking Eggeling, Oskar Fischinger, John e James Witney, Mary Ellen Bute, Marc Adrian…. Com o uso da abstração o cinema se liberou do pressuposto narrativo. O modelo da pintura abstrata foi essencial para criar outras realidades que emprestam da música e da matemática modelos para compor formas no tempo.     Tempo das Imagens 2014 Ciclo de palestras quinzenais de 2 a 3 horas cada, nas quais o cineasta e ensaísta yann beauvais desenvolve temas sobre a imagem em movimento. Programação completa: https://bcubico.com/tempo-das-imagens-2014/ Registro: Edson...

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Cinema Geométrico: a poesia das linhas encontra o ritmo dos números I
Sep08

Cinema Geométrico: a poesia das linhas encontra o ritmo dos números I

Hans Richter, Viking Eggeling, Oskar Fischinger, John e James Witney, Mary Ellen Bute, Marc Adrian…. Com o uso da abstração o cinema se liberou do pressuposto narrativo. O modelo da pintura abstrata foi essencial para criar outras realidades que emprestam da música e da matemática modelos para compor formas no tempo. Tempo das Imagens 2014 Ciclo de palestras quinzenais de 2 a 3 horas cada, nas quais o cineasta e ensaísta yann beauvais desenvolve temas sobre a imagem em movimento. Programação completa: https://bcubico.com/tempo-das-imagens-2014/ Registro: Edson...

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Ryan Trecartin  O cinema mutante  A internet real esta em vocês !
Jul28

Ryan Trecartin O cinema mutante A internet real esta em vocês !

No início de 2000, Ryan Trecartin començou a realizar videos singulares. Singulares porque eles retratam um grupo em constante, e também mostram como as novas tecnologias e redes abalaram, e até mesmo hoje continuam abalando, nossas relações e nossos comportamentos, seja em se tratando do usuário, do elaborar, do processamento e da transformação dos aspectos audiovisuais que elas implicam, e que fazem os seus filmes parecerem estar em constante devir. Estes primeiros trabalhos apresentam personagens que desempenham um papel, o seu próprio ou o de um avatar qualquer . Este personagem real ou fictício não se origina do « encontro casual em uma mesa de dissecação de uma máquina de costura e um guarda-chuva », mas baseia-se na presença explosiva de diferentes programas de televisão (tipo talk show ou Big Brother Brasil) a partir de um cotidiano banal. Este cotidiano é atingido pela farsa de um humor trash et camp, e ver se enxertar nele um novo campo autônomo que concerne a aparência e a mutação constituintes de imagens e sons. Se a erupção do monólogo, da conversa para a câmera não é nova como podemos encontrar em Andy Warhol e muitos outros diaristas, (como Boris Lehman, Anne Charlotte Robertson, Nelson Sullivan ou Jonathan Caouette) já fizeram a sua fala “uma partilha”. No entanto, essa fala assume uma nova dimensão com as ferramentas da web, que nos habitaaram as redes sociais ou as plataformas de difusão. Ao contrário das “Estrelas” da Factory de Warhol que dirigiam para si mesmos, tanto quanto para a câmera, brincando com a possibilidade de uma conversa aparente, a fala é agora mais diretamente narcisista. Falando para a câmera, o nosso discurso e a nossa própria imagem estão imediatamente disponíveis e potencialmente acessíveis para muitas pessoas. O volume e tom da voz podem ser manipulado. A voz nem sempre corresponde ao gênero da pessoa que a expressa, e essa incongruência revela a extensão das manipulações execudatas pelo artista na pós-produção, manipulações que afetam a « doce » irrealidade de um cotidiano pelo menos assistido (na televisão realidade como ready-made assistido). O som da voz, como qualquer outro atributo do personagem são pensados como ferramentas, aplicativos e, portanto, transcende as idéias de pertencimento a um personagem definido. 
Desde os primeiros trabalhos de Ryan Trecartin estamos imersos em um universo composto (no sentido definido Lev Manovich). Um universo fotográfico e sonoro criado a partir de um real modificado (encenado, roteirizado, interpretado), mas também procede da realidade de efeitos digitais aplicados ao som e à imagem desse real. Os filmes de Ryan Trecartin fundem essas duas instâncias da realidade para criar um mundo contemporâneo no qual múltiplas interpretações da realidade se atualizam ao mesmo...

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Tempo das Imagens 2014
Jun05

Tempo das Imagens 2014

Ciclo de palestras quinzenais de 2 a 3 horas cada, nas quais o cineasta e ensaísta yann beauvais desenvolve temas sobre a imagem em movimento. Bcubico, 19h Programação: 22/05 – Ryan Trecartin : O cinema mutante / A internet real está em vocês ! Nascido em 1981, vive em Los Angeles. A descoberta de seu primeiro trabalho numa plataforma da web iniciou sua carreira artística. Para Ryan Trecartin a internet mudou nosso comportamento como transformou a maneira de pensar a linearidade das imagens em movimento. Estruturando sua prática artística da mesma forma que um diretor de cinema, Ryan Trecartin incorpora  em seus trabalhos um elenco de dezenas de amigos. Concebendo cada mostra como uma experiência em produção teatral, ele cria enredos soltos como base para o empreendimento colaborativo. Trabalhando com uma legião de companheiros próximos, Trecartin os delega responsabilidades convidando os seus amigos para participar do processo criativo, responder às suas idéias e contribuir com a seus próprios inputs e obras de arte. Através desta forma pouco ortodoxa de trabalhar, a obra de Trecartin torna-se um reflexo inquietante da cultura juvenil, apresentando o espirito de época da Geração Y ansiosa de mercadorias, niilismo espiritual, e valor de comunidade.   05/06 – « film noir » o uso da cor preta nos filmes, uma imersão num espaço onde o som pode fazer imagens Walther Ruttman, Maurice Lemaitre, Aldo Tambellini, Peter Gidal, Gary Hill, Len Lye, Peter Rose Desde os primeiros tempos do cinema foram imaginadas maneiras alternativas de pensá-lo. A irrupção da cor preta, a ausência da imagens não impede o fazer cinema, transforma-o.   19/06 – Richard Serra : cinema e vídeo entre processo e performance Richard Serra é um escultor minimalista que anos 70 e 80 fez filmes e vídeos que questionam o quadro, a imagen, a produção da perspectiva e também a produção do sentido.   03/07 – Cinema Geométrico a poesia das linhas encontra o rítmo dos números Hans Richter, Vikking Eggeling, Oskar Fishinger, John e James Witney, Mary Hellen Bute….com o uso da abstração o cinema se liberou do presuposto narativo. O modelo da pintura abstrata foi essencial para criar outras realidades que emprestam da música e da matemática modelos para compor formas no tempo.   17/07 – Abigail Child : Entre documentário e experimentação. Abigail Child é uma cineasta e poeta que trabalha o cinema desde o fim dos anos 70s. Seus trabalhos misturam imagens  de diferentes tipos, reciclando partes dediversas fontes, seja de filmes de família, sejam filmes policiais com sequências criadas por ela mesma  parodiando os diferentes gêneros de filme do cinema americano.   31/07 – Foto / Filme :  quando a...

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José Agrippino de Paula
Nov15

José Agrippino de Paula

Há quase seis anos, morria José Agrippino de Paula, importante artista da contra-cultura brasileira que deixa uma obra singular composta de romances, de uma peça de teatro e de alguns filmes. Obra chave da literatura brasileira, PanAmérica1 compartilhava grande número de aspirações da juventude brasileira da épocaos anos 60, apropriando-se de boa parte da cultura americana. Neste romance e na peça United Nations, José Agrippino de Paula desmontava, por meio do excesso, as mitologias cotidianas produzidas pela indústria cultural. José Agrippino de Paula nasceu em São Paulo em 1937. Após estudos de arquitetura, ele passa a residir no Rio de Janeiro onde estuda até 1964. É nesta cidade que ele vai escrever seu primeiro romance: Lugar Público2 . Trata-se de um verdadeiro romance de formação no qual o choque entre as culturas é patente. Ao formidável desenvolvimento das cidades da América do Sul corresponde uma expectativa da juventude que busca outros modelos no cinema e na música americana. O confronto entre uma ordem vacilante e o retrato de uma nova geração que sobrevive em uma cidade que supomos ser o Rio de Janeiro e que sofre diretamente o golpe de Estado de 64; A descrição de uma manifestação de operários, reprimida pelo Exército; A irrupção de tanques na cidade desertada e o anúncio do golpe de Estado no rádio são incorporados no romance. São aspectos relevantes do texto, mas não tão recorrentes como o tema da morte do pai ou como a questão da homossexualidade e da prostituição. O romance multiplica as descrições de zonas urbanas desoladas ou em pleno desenvolvimento, e é atravessado pelas derivas de um grupo proteiforme de amigos que tem enormes dificuldades para garantir sua sobrevivência. O interesse pela paisagem urbana e pela mitologia cotidiana é compartilhado com outros autores brasileiros dos anos 60 mas, no caso de Agrippino, esse interesse manifesta potencialmente uma cenografia que irá se desdobrar nos happenings realizados com Maria Esther Stockler e no seu filme Hitler 3o Mundo. Ele reconhece que “sua formação em arquitetura tem tudo a ver com cenografia”  3 .  Desde 1961, tirando proveito do teatro Arena da universidade, ele monta uma adaptação de Crime e Castigo. De volta a São Paulo, ele freqüenta os ateliês de Roberto Aguilar e de Maria Esther Stockler, onde ela ensaia um solo. José Agrippino e Maria Esther vivem juntos por breve tempo e trabalham separadamente em um primeiro momento: ela monta dois espetáculos no seio do grupo Móbile 4  e ele escreve seus dois primeiros romances. Por ocasião de um festival produzido e financiado pelo Sesc SP, eles trabalharão juntos na peça Tarzan do 3o Mundo. O espetáculo, apresentado durante...

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