Secondary Currents (Legendas)

Secondary Currents filme de Peter Rose, 1982 17′, tradução para legendas: txt-texto de cinema

 

Eu não lembro quando a voz começou.

Primeiro, eu a ouvia como uma espécie de balbuceio,

um sussurro metabólico,

cheia de insinuações cochichadas,

conversas de indiretas,

dicas.

E depois, as vezes parecia que se fusionava,

congelar-se em uma única imagem,

e eu achava que entendia.

Mas depois o balbuceio se expande,

esvaído num cantoleve

e não escutei nada outra vez.

A voz voltou.

Achei que discernia

uma suave coerência.

Comecei a imaginar outra personalidade,

um rosto,

que parecia tremeluzir na fertilidade inominável de sua graça.

E depois,

quando achei que parecíamos pensar em consonância,

como se uma inteligência furtiva

unisse os nossos ritmos entoasse nossa assonância, e pressagiasse nossa………pausa,

e quando

sutilíssima era a imaginada conjugação de nossas línguas

Eu era capaz de discernir múltiplos significados de sons simples,

de intuir uma espécie de língua universal

cujas inflexões homófonas, infinitas

se recuperam do aspecto aguçado da razão

desbotada na mansão sem cor do pensamento,

deixamos nossa intenção absortos pela linguagem.

Viajamos.

Meio desajeitado, me senti, no começo

como um estranho na minha própria língua.

minha voz um espelho estilhaçado,dos meus pensamentos,

uma imitação.

Sentíamos a respiração de um vento norte,

sob os lábios uma languidez desolada

o inverno sem fim,

um amargo mal-estar.

Mas depois parecíamos perceber um rigor distante,

um lugar de intensa ousadia

na qual a imagem da lua na água,chora,

O Buda? Que asas?ou isso foi quando as flores caem?

Mas não antes tentei nomeá-la

depois mudamos,

caindo num transe Mediterrâneo.

Nós acordamos na luz do sol,

o cheiro de jasmim no are o som dos sinos das cabras a distância.

Uma mulher velha apareceu.

Ela carregava uma cesta de peras

e parecia estar esperando alguém ou algo

como se a conclusão para uma metáfora não dita estivesse a ponto de se soltar dos seus lábios.

“Que idéia maravilhosa!”

ela disse.

“Quer uma pêra?Com certeza você quer uma pêra!”

” O que você quis dizer falando com ele? Ele é um estranho.”

rosnou um velho ali perto.

“Isso não é sua tentativa de falar nossa língua, como se ele fosse um entre nós, a par dos nossos pensamentos íntimos e repreensões”.

“Nonsense,

Ele está em casa. Olha, ele já pode imaginar contando aos seus amigos sobre as suas aventuras aqui,como se nossas vozes fossem como memória se eles as pudesse as mostrar como uma fotografia.”

“Chega da sua bobagem metafísica. Você põe a prova minha paciência. Ele é seu, Faturara, veja o que você consegue dele. Eu converso com você depois”.

” Você fez uma viagem longa. Toma.Pegue isso. Eles são muito bons.Muito saborosos.Veja.Parecem ouro não? São tão brilhantes quanto outro”.

Ela está certa. Cortou e abriu os sucos docemente fermentados nas suas próprias câmaras, a fruta despertou uma paixão ardente nos olhos, uma fome de uma doçura intensa, como uma sede.

Senti um anseio em minha sede.

um desejo de estar longe.

de se mover na vastidão

onde a respiração pode se liberar

e os olhos livres

e eu poderia sentir a exterioridade das coisas.

Inalo grandes sorvos de espaço,

eminentemente liberadas da gestão emaranhada da linguagem.

só e solta,

meu silêncio uma testemunha da minha liberdade,

meus pensamentos invisíveis até que enfim…

Transitei através de um vazio escuro, tumultuado

cujas antigas, visões ágeis

ressoavam com fascinação,

corredores de pensamentos através dos quais constelações sobrepostas vi de relance um imprevisível passeio de um esplendor passivo:

as furtivas erupções gnósticas de vapores incandescentes cuja imperdoável presença numinosa estava além da indescritível inv..

E ainda

mesmo como eu o imaginei,

e me posicionando dentro da compreensão do meu alcance,

mundo tangível,

obstáculos

pensamentos impenetráveis,

estranhas bestas a espreita no matagal

me convenceram

de que retornar a uma intimidade simples

era o que eu precisava,

era à que fui chamado.

Comecei a sentir-me um pouco, um pouco movido sobre o tempo,

como se o passado continuasse sendo o…

o presente,

como se minha voz fosse habitante de uma ordem diferente de tempo que a minha,

meus pensamentos a presença sombria da sua previsão,

minhas palavras mas servas presas à sua vontade.

Comecei a temer uma espécie de contaminação,

um injusto prognóstico do pensamento,

a efusão de um insuficiente substrato de energia pré-libidinal,

uma dilatação irredutível do sentido construído

cujas elucubrações imprevisíveis

prevêem a entropia essencial

dos processos eufotólicos e peregrinações

re-vitrificado pelas estratificações do sublalcolizar

de uma demuneração estática generativa

cujas pressões logóticas insubstansiáveis

indiluídas pelo febril desabandono maquinações percussivas

eram irredutivelmente provisiogeradas por um

penumbrico suspiro ideoformal elástico

cuja soma primordial conjuga alimento,

dado a existência como proferida ditada por

iniquidades ergóticas asfixiadas como

não subsintinto ou ainda glóticos ou

cismático pode proto mismal regojizar-se

tortic como um gênero lógico assumido por

frisson eldo bas erra ti gon

ship to antel k tri lo montre

pi l like s k soke sl abqu ek

dko tj s abi. tu n kto

rt l px ex: s s at l

t-thel: kthe ls o

ke lnc i ! u a je t s le

ee tri-sit pn vo tep.

nu oo ert i-i kq

fn s-sr b ro.

fr bn f-fo oo vr gb

qn nnr xe po tr onpt o-ot on-u?

Tenho medo

Eu dissolvo

Minha voz

EXPLODINDO

SENTIDO

tradução / legenda:

// .txt – texto de cinema //

 

Author: Edson Yann

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