Malcolm Le Grice em contexto
O trabalho de Malcolm Le Grice contextualizado com trabalhos de David Crosswaite, Gill Eatherley, Peter Gidal, Birgit & Wilhelm Hein, Annabel Nicholson e William Raban. Com filmes de: Annabel Nicholson : Slides , 1970, 11′ Gill Eatherley : Hand Grenade, 1971, cor, som, 8′ David Crosswaite : Film n°1, 1971, 10′ William Raban : Diagonal, 1973, cor, som Peter Gidal : Hall , 1968-69 , p&b, som, 8′ Birgit & Wilhelm Hein : Rothfilm , cor som, 1968 A mostra de filmes visa apresentar a vitalidade da cena inglesa nos 60’s e 70’s, muito dinâmica. A criação de uma cooperativa de distribuição de filmes e o laboratório da London Filmmakers Co-op estimula a produção e conversas entre os cineastas que trabalham a questão da materialidade do filme e desenvolvem o cinema expandido. Le Grice, cineasta dos mais importantes da cena inglesa desde os anos 60, é pioneiro do “filme estrutural” na década de 1970 e apresentou seu primeiro vídeo e trabalho em computador na década de 1960. Com suas obras e escritos, é um agente do cinema experimental. Em 13 de Outubro 1966, foi criado a London Filmmakers Cooperative na libraria Better Books em Londres. Bob Cobbing, Steve Dwoskin, Simon Hartog e Harvey Matusow, Jeffe Keen foram os fundadores desta cooperativa que parecia mais como um lugar mostrando filmes que um distribuidor de filmes experimentais. O modelo da cooperativa era a de Nova York iniciada pela irmãos Mekas em 1962. Um jornal Cinim foi lançado ao mesmo tempo que a possibilidade de distribuir filmes experimentais estrangeiros e em Inglês. Bob Cobbing organizava desde 1965, mostras de filmes experimentais na libraria Better Books eem outros lugares. A Cooperativa mostrava filmes e nos anos seguinte a sua criação atraiu membros como David Curtis (que programa no Drury Lane Arts Lab e depois na cooperativa desenvolveu setores no British Arts Council), e com jovens como Malcolm Le Grice e Peter Gidal. Até Agosto 67 as mostras de filmes estavam ocorrendo na Libraria Better Books. Com o impulso de Malcolm Le Grice e David Curtis incrementou um polo produtivo na cooperativa para permitir a produção de filmes experimentais na Inglaterra. Existia um cinema experimental em fase o com os movimento e a contra cultura seja na sexualidade, nas drogas e na política ou nas artes, com o assemblagem, as colagens, a destruição (devemos lembrar que em 1961, Gustav Metzger publicou o Manifesto : Auto-Destructive Art e em Setembro 1966, foi realizado o Destruction in Art Symposium, com intervenções e filmes de Yoko Ono, John Latham, Kurt Kren ). Artistas como Jeff Keen, John Latham, estavam trabalhado na tradição dadaista, anarquista, ou da Pop...
Tempo/Espaço Real
Tempo/Espaço Real Artigo “Real Time/Space“, de Malcolm Le Grice. Do meu trabalho filmográfico, desde 1966, eu venho desenvolvendo gradualmente idéias que me guiaram mais e mais para a consideração do filme em relação com espaço/tempo “reais”. O termo “tempo-real”, no campo dos computadores, tem crescido, mas tem significações e implicações bem maiores das que são usadas neste âmbito. Em termos de computadores, uma operação em “tempo real” acontece enquanto os resultados estão sendo calculados e expostos, ao contrários dos que los resultados são armazenados para uma consulta posterior “off line”. “Tempo-real” é agora. “Tempo/espaço real” é aqui e agora. Apesar de parecer simples, está longe de ser óbvio como uma noção geral pode ser aplicada ao filme. Primeiramente: toda história do cinema comercial tem sido dominada pela ânsia de criar um ilusório tempo/espaço convincente e eliminar todos os traços físicos reais, de todos estágios do filme, desde o roteiro, pela filmagem, edição, trabalho tipográfico, promoção, até a projeção. No entando, largamente, no desenvolvimento do cinema underground, é possível ver uma crescente preocupação com o problema da “atualidade”, “realidade” em vários estágios da produção e apresentação do filme. Gostaria de apresentar um esquema diagramático para aplicar a noção de tempo/espaço real nos processos ou eventos filmográficos: Do ponto de vista do público ❘ Eventos preparatórios ❘ TEMPO/ESPAÇO REAL ❘ Gravação (câmera) ❘ RETROSPECTIVA ❘ Edição ❘ ❘ Printing ❘ ...